sábado, 21 de novembro de 2009

QUAL ADIFERENÇA ENTRE GRIPE E RESFRIADO?

    A principal diferença é que a gripe pode matar e o resfriado, no máximo, pode te deixar meio caidão.
    A sabedoria popular costuma dizer que a gripe é um estágio avançado do resfriado, mas isso é um tremendo engano. Gripe e resfriado são infecções distintas, causadas por tipos de vírus bem diferentes: a gripe é causada por um tipo específico de vírus (o influenza), enquanto o resfriado pode ser desencadeado por vários tipos de vírus. Os sintomas iniciais são bem parecidos - nariz entupido e dores no corpo, principalmente –, mas a gripe logo se diferencia: além de produzir dores mais intensas, gera náuseas, febre, congestionamento das vias respiratórias e comprometimento do sistema imunológico, o que pode abrir espaço para problemas mais graves, como a pneumonia. O resfriado, pelo contrário, não costuma ir além de dores leves, tosse, espirros e coriza no nariz. Muitas vezes, inclusive, resfriado é confundido com crise de rinite alérgica. Ninguém perde uma festa ou um dia de trabalho por causa de um resfriado. Se você tiver que ficar de cama, é gripe! Não há um exame que consiga detectar se você está gripado ou resfriado, mas, depois de 24 horas, os sintomas já deixam claro a gravidade do problema. Nos dois casos, repouso é uma ótima dica, tanto para evitar que a infecção fique mais forte, quanto para poupar seus colegas, já que tanto gripe quanto resfriado são transmitidos pelo ar e pelo contato.

domingo, 15 de novembro de 2009

TOP 10 MAIORES MANCADAS DA TV BRASILEIRA

1. Ricupero: "Eu não tenho escrúpulos"
ANO - 1994
EMISSORA - Globo
MANCADA - Quem tinha antena parabólica e via o canal 23 por volta das 20h30 do dia 1º de setembro acompanhou um acontecimento histórico: depois de participar do Jornal Nacional, o então ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, se preparava para gravar uma entrevista para o Jornal da Globo. Enquanto as câmeras eram ajustadas, Ricupero conversava com o jornalista Carlos Monforte. Mal sabia ele que o papo estava sendo captado pelas parabólicas. Descuidado, declarou: "Eu não tenho escrúpulos. O que é bom a gente fatura; o que é ruim, esconde"

REPERCUSSÃO - Três dias depois da célebre mancada, Ricupero afastou-se do governo Itamar Franco. Ciro Gomes assumiu o posto


2. Bispo chuta imagem de Nossa Senhora
ANO - 1995
EMISSORA - Record
MANCADA - Para mostrar que a Igreja Universal do Reino de Deus não cultua imagens de santos, o pastor Sérgio Von Helder deu socos e pontapés em uma imagem de Nossa Senhora Aparecida bem no dia da santa (12 de outubro). Enquanto aplicava os golpes - exibidos nos programas Despertar da Fé e Palavra da Vida - o bispo dizia: "Isso não é Deus coisa nenhuma"

REPERCUSSÃO - Com medo de perder fiéis, Edir Macedo, o poderoso chefão da Universal, pediu desculpas publicamente, quatro dias após a "santa surra"


3. Sílvio Santos cai no tanque de água
ANO - 1992
EMISSORA - SBT
MANCADA - Para sair do marasmo, Sílvio Santos resolveu fazer uma gracinha durante o Topa Tudo por Dinheiro. Na clássica brincadeira em que uma pessoa senta em uma prancha sobre um tanque de água e outra joga bolinhas para derrubá-la, Sílvio decidiu testar a prancha. Aconteceu o óbvio mais surpreendente possível: ele caiu na água de terno e tudo, bagunçando o penteado inabalável

REPERCUSSÃO - Se fosse outra pessoa, o episódio podia acabar em demissão, mas como se tratava do dono do canal, o "tibum" se transformou em mais uma das fantásticas histórias envolvendo Sílvio Santos


4. Galvão troca as bolas na Copa de 74
ANO - 1974
EMISSORA - Gazeta
MANCADA - Na Copa de 74, o jovem locutor da Rádio Gazeta Galvão Bueno foi convocado para narrar videoteipes de alguns jogos pela TV da mesma empresa. No jogo Alemanha Oriental x Austrália, Galvão narrou vários minutos pensando que a partida era Bulgária x Suécia. Os uniformes eram parecidos com os de alemães e australianos, só que búlgaros e suecos só jogariam no dia seguinte...

REPERCUSSÃO - A Gazeta nunca teve grande audiência, por isso pouca gente acompanhou a gafe.


5. Brida termina com resumo da história
ANO - 1998
EMISSORA - Manchete
MANCADA - Depois de tentar de tudo para levantar a audiência da novela Brida - trocaram os roteiristas, inventaram novos papéis, turbinaram as cenas de sexo -, a Manchete optou por uma alternativa drástica: cortou a história no meio e botou um narrador contando o que aconteceria até o final

REPERCUSSÃO - Para não correr riscos, a Manchete reprisou o megasucesso Pantanal no horário de Brida. Mas não adiantou: a audiência continuou baixa e a emissora naufragou de vez alguns meses depois


6. Avallone e Milton Neves quebram o pau
ANO - 1997
EMISSORA - Gazeta
MANCADA - Roberto Avallone caiu na besteira de duvidar da ética de Milton Neves, que compareceu ao Mesa Redonda (então comandado por Avallone) para se defender. Durante 40 minutos os dois só faltaram sair no tapa. Entre frases como "Perdoai esta anta que não pára de falar", Milton Neves declarou: "Existe um homossexual nesta mesa". O tempo fechou, mas o tal homossexual não saiu do armário

REPERCUSSÃO - A audiência foi às alturas e a dupla seguiu a disputa nos tribunais. Avallone perdeu e teve de fazer uma doação a um asilo de Muzambinho (MG), cidade natal de Milton Neves


7. Vanucci come bolacha no ar
ANO - 1998
EMISSORA - Globo
MANCADA - Para manter seu padrão de qualidade, a Globo mantém regras de conduta rigorosas nas suas dependências. O apresentador Fernando Vanucci resolveu desobedecer uma delas (proibido comer no estúdio), mas foi além: durante o Esporte Espetacular ele entrou no ar comendo uma bolacha

REPERCUSSÃO - A bolacha foi a tampa da sepultura que Vanucci vinha cavando na Globo havia muito tempo (na Copa de 94, por exemplo, ele se queimou dizendo que não gostava de futebol). Depois de afastá-lo por alguns dias, a emissora resolveu demiti-lo, colocando fim a uma parceria de 26 anos


8. Bial: "Isso é coisa de veado!"
ANO - 1998
EMISSORA - Globo
MANCADA - As pessoas que viam a matéria sobre o Balé Kirov no Fantástico de 3 de maio ouviram, no meio da matéria, um comentário do apresentador Pedro Bial em alto e bom som: "Isso é coisa de veado!". Bial e sua parceira de estúdio Glória Maria continuaram o programa normalmente, mas os telefones da Globo começaram a tocar loucamente

REPERCUSSÃO - Dias depois, a Globo admitiu a falha em um relatório oficial, mas poupou Pedro Bial da culpa. Segundo a emissora, um equipamento tinha apagado a fita pela metade, deixando parte do áudio gravado em outra ocasião


9. Galvão solta o verbo com Pelé
ANO - 1994
EMISSORA - Globo
MANCADA - Novamente a Globo caiu na armadilha das parabólicas, que desta vez (durante a Copa de 94) captaram Galvão Bueno discutindo com algum diretor que reclamava dos comentários de Pelé: "Só se eu matar ele [Pelé], cara! Ele mete a mão no microfone, abre e fala. Quem contratou, conversa, pô." Tudo no ar!

REPERCUSSÃO - O Brasil ganhou a Copa e tudo ficou em paz. Bastou a seleção faturar o caneco para Pelé e Galvão saírem abraçados gritando: "É tetra! É tetra!"


10. Casal bate boca no Jornal
ANO - 1993
EMISSORA - SBT
MANCADA - Mais um dia, mais uma edição do Jornal do SBT. Nada de novo, até que a âncora Leila Cordeiro dá uma bronca no parceiro de estúdio e marido, Eliakim Araújo: "Peraí, pára, pára tudo! Pô, assim não dá, Eliakim, você só fica reclamando! Pára um pouco!" O programa era gravado, mas alguém botou no ar a fita errada e a mancada foi exibida

REPERCUSSÃO - O jornal saiu do ar e, longos segundos depois, voltou a ser transmitido desde o início, com a fita certa, claro. O casal segue junto até hoje

QUAL A SÉRIE DE TV COM MAIOR AUDIÊNCIA DE TODOS OS TEMPOS?

    A série televisiva mais assistida de todos os tempos foi Baywatch, de acordo com o livro dos recordes. A série, que ficou conhecida no Brasil como S.O.S. Malibu, foi ao ar entre os anos de 1989 e 2001 e, segundo o Guinness, chegou a ser assistida por cerca de 1,1 bilhão de pessoas por semana em mais de 140 países ao redor do mundo - o único continente para onde Baywatch não foi transmitida foi a Antártida. Para quem não se lembra, esse foi o seriado que imortalizou a atriz Pamela Anderson como a sexy salva-vidas C.J. Parker. Além disso, as cenas das beldades de maiô vermelho correndo em câmera lenta para salvar alguém que estivesse se afogando tornaram-se um clássico da televisão. A série se passava nas praias da Califórnia e teve 11 temporadas. Mas o sucesso não veio logo de cara: na primeira temporada, em 1989, a série foi por água abaixo, com altos custos de produção e baixa audiência. Em 1991 a rede de TV americana NBC resolveu dar uma segunda chance ao show, que acabou explodindo internacionalmente. :>)

COMO FUNCIONA A REDAÇÃO DE UM TELEJORNAL?

    1- Para ir ao ar, todo telejornal precisa ser abastecido com notícias. Os acontecimentos mais quentes, como acidentes de trânsito e crimes, chegam à redação através do trabalho da equipe de escuta, que telefona para bombeiros, centrais de polícia, hospitais, etc. atrás de informação, além de ficar de olho no rádio, em outras emissoras e na internet.

    2- A notícia também pode ser fria – fatos já previstos na agenda, como inaugurações e reportagens sobre comportamento. Nesse caso, os produtores vão atrás de dados e de entrevistas e deixam tudo agendado para o repórter. É principalmente essa turma que se vê quando o jornal está no ar. O telefone deles, para não atrapalhar, não tem som – ao tocar, uma luz pisca.

    3- A equipe de reportagem vai então para a rua. Cada carro leva um repórter, um cinegrafista, um auxiliar (que ajuda no som e na iluminação) e um motorista. O repórter faz as entrevistas e grava a passagem, que é a parte do vídeo em que ele aparece à frente da câmera. Ele também grava a narração da reportagem, que é chamada de off.

    4- As reportagens locais chegam à redação em fitas, levadas pela própria equipe ou por um motoboy. Nos grandes telejornais há também conteúdo vindo dos quatro cantos do país e de correspondentes no exterior. Essas reportagens são transmitidas por meio de satélites, fibra óptica ou internet.

    5- Com as fitas em mãos, é hora de editar o material. Na ilha de edição, um editor de imagem e um de texto unem o off do repórter às imagens filmadas pelo cinegrafista. Também decidem em que momento da matéria aparece a passagem e, em alguns casos, colocam até trilha sonora. Cada matéria tem cerca de um minuto e meio de duração.

    6- Com as matérias editadas, o chefe de redação e os editores executivos montam no computador o espelho do jornal, uma espécie de tabela que mostra quanto tempo cada matéria vai ter e em que ordem cada uma vai aparecer – as mais impactantes costumam vir primeiro. No total, o jornal tem cerca de 35 minutos, já descontados os nove minutos de comerciais.

    7- Quando se aproxima a hora de levar o jornal ao ar, o diretor de TV, o chefe de redação e os editores executivos seguem para uma sala de controle conhecida como switcher. É o diretor de TV que escolhe, por exemplo, para que câmera o apresentador vai olhar. Eles acompanham minuto a minuto a audiência, e podem deixar uma matéria que está dando ibope mais tempo no ar.

    8- É claro que a reportagem pode ficar mais tempo no ar só se for ao vivo. Para transmissões em tempo real, usa-se o link, um equipamento que fica sobre uma van ou caminhão e manda a imagem para o satélite, que retransmite o sinal para a redação com atraso de alguns segundos. É por isso que às vezes o repórter tira o fone do ouvido, para evitar ouvir a própria voz com atraso e se confundir.

    9- Se rolar alguma mudança, o chefe de redação se comunica com os apresentadores, que têm um ponto no ouvido. A maioria dos telejornais tem dois apresentadores, que costumam ser também editores do programa e, ao contrário do que diz a lenda, não vestem bermuda e chinelo por baixo da bancada.

POR TRÁS DAS CÂMERAS
As máquinas que deixam o telejornal bem na fita

As redações que servem de cenário para os telejornais parecem estúdios. A bancada fica em um palco, mais alta que o resto da redação. Há vários holofotes e três câmeras: uma para cada apresentador e uma geral, que mostra os dois. Alguns programas têm ainda uma câmera em uma grua, que faz a tomada de encerramento do programa. Há ainda um painel verde ou azul que fica atrás de cada apresentador. Sobre ele, um computador projeta imagens (a foto de alguém ou os números do dólar, por exemplo) através de uma técnica chamada chroma-key. Os textos que os apresentadores lêem aparecem no teleprompter, que fica acoplado à câmera para a qual eles olham.

QUE APETRECHOS DOS FILMES DO 007 JA FORAM TESTADOS NA VIDA REAL?

Impressões digitais falsas
007 Os Diamantes São Eternos (1971)
As digitais falsas de 007 são feitas de uma pequena membrana. Bond usa o artefato quando ele se encontra com Tiffany Case
fingindo ser Peter Franks. Já sabendo que ela ia checar a sua digital em um copo, Bond usa a película e consegue enganar Tiffany

Vida real:
1) Para fazer sua digital falsa, peça que um amigo coloque o dedo em um molde de plástico maleável, que você encontra em lojas de ferramentas

2)Dissolva a gelatina (aquela usada em balas molengas em forma de bichos, vendida em lâminas sólidas) em água seguindo as instruções da embalagem

3)Preencha o molde com a gelatina, deixe na geladeira por dez minutos e pronto: é só grudálo no dedo e você pode se passar pelo seu amigo! Só há um detalhe: isso é crime...

Robô Espião
007 Na Mira dos Assassinos (1985)
Um pequeno robô, do tamanho de um cachorro,era controlado remotamente e usava câmeras de vídeo como olhos e microfones para espiar locações inacessíveis aos humanos ou para missões secretas. No filme, o robô indiscreto descobre que Bond estava no chuveiro com Stacey, a Bondgirl da época

Vida real:
Em desenvolvimento
Cientistas já conseguem controlar o vôo de insetos por meio de impulsos elétricos no cérebro ou na musculatura. Futuramente, besouros e e mariposas
poderão carregar minicâmeras ou escutas

Modificador de voz:
007 Os Diamantes São Eternos (1971)
Bond tinha um aparelho com uma jurássica fita cassete. Ele usava a engenhoca para conseguir informações sobre um refém

Vida real:
Disponível
A tecnologia é toda eletrônica, para celular ou computador. Há vários modelos, de um aparelho físico que você acopla ao telefone a softwares que você baixa na internet para usar em programas como o Skype. É recomendado, por exemplo, para mulheres que moram sozinhas e querem se livrar de ligações suspeitas

Microtanques de oxigênio
007 Contra a Chantagem Atômica (1965) e 007 Um Novo Dia para Morrer (2002)
Nos dois filmes, o tanque é menor que um maço de cigarros e tem oxigênio suficiente para respirar por quatro minutos

Vida real
Em desenvolvimento
Os microtanques como os do filme não são muito eficazes. Por isso, os cientistas têm desenvolvido protótipos de guelras artificiais, movidas a bateria, que tiram oxigênio da água. Nelas, uma bomba suga até 2 mil litros de água por minuto e envia o líquido a uma centrífuga, que gira e aplica sobre a água uma pressão baixa, que expulsa o ar para outro compartimento

Por minuto, 30 litros de ar são liberados e captados em um saco antes de ser utilizados pelo mergulhador, que puxa o ar
por meio de um tubo. Há ainda um compartimento de reserva, que guarda ar para emergências. No fim, a água sem oxigênio é devolvida ao
ambiente. Mas o protótipo ainda é grande e pouco eficiente :-(

Carro invisível
007 Um Novo Dia para Morrer (2002)
No filme, a técnica que deixa o Aston Martin “invisível” usa câmeras posicionadas em vários ângulos que projetam a imagem captada por elas sobre uma película, dando a ilusão de que o objeto está invisível!

Vida Real
Em desenvolvimento
Um objeto fica "invisível" se desviar a luz . Já foi criado um prisma assim, com prata e fluorido de magnésio, mas ele só funciona para ondas próximas ao infravermelho, que não são vistas pelo olho humano

Carro controlado por celular
007 O Amanhã Nunca Morre (1997)
Um telefone celular tinha um escâner que lia impressões digitais, manobrava o BMW de Bond com controles de voz e até dava choques nos inimigos!

Vida real:
Em desenvolvimento
Por enquanto, celulares só são capazes de controlar carrinhos de brinquedo por meio de um acelerômetro (recurso que capta a movimentação física do celular) e um software chamado ShakeRacer. O carrinho vira na direção em que você gira seu telefone

Jaqueta Antiavalanche
007 O Mundo Não É o Bastante (1999)
Uma jaqueta comum se transforma em uma concha esférica acolchoada que protege Bond e a Bondgirl quando vem uma avalanche
Vida real:
Disponível
Na vida real, há uma mochila que ajuda o usuário a “flutuar” acima do fluxo de neve e, assim, impedir que ele morra soterrado O funcionamento é similar ao de um air bag. Dentro do aparato, há dois balões vermelhos compactados, conectados a um tanque de nitrogênio que pode ser acionado por uma válvula ligada a um gatilho na alça da mochila

Quando o gatilho é puxado, o nitrogênio sob pressão escapa para os balões, inflando-os. A densidade do conjunto formado pelo usuário e a mochila diminui e ele flutua acima da avalanche
    Porque não há um padrão nacional para a tensão (ou voltagem) que chega às tomadas das nossas casas. Quando o Brasil começou a montar sua rede elétrica, no início do século 20, diferentes companhias se estabeleceram em cada região do país. "A escolha do sistema de 110 volts ou de 220 volts dependeu do país de origem das primeiras empresas e de uma análise de custos: a quantidade de consumidores por metro quadrado, o dinheiro para a instalação e para os materiais necessários, como transformadores e cabos", afirma Ronaldo Roncolatto, gerente de engenharia da empresa CPFL. Nesses primórdios da eletrificação, as canadenses Rio de Janeiro Tramway, Light & Power e São Paulo Light & Power instalaram redes de 110 volts para consumo residencial nas duas principais cidades da Região Sudeste. Já as primeiras concessionárias que distribuíram energia na Região Nordeste optaram pelo 220. Nos dois casos, os sistemas continuam os mesmos até hoje porque, depois de instalada, é inviável reformar toda a rede de distribuição - custaria uma nota preta. E não há nenhuma razão forte para justificar esse gasto. "Existem vantagens e desvantagens em cada tipo de sistema. Não se pode dizer que um é mais vantajoso que o outro sempre", diz Ronaldo. Por isso, não dá para dizer que exista uma tendência clara a respeito de qual será a tensão dominante no futuro. Abaixo, a gente enumera os pontos fortes e fracos do 110 e do 220 em cinco perguntas cruciais.

Volt contar...

... Cinco diferenças entre 110 e 220 volts. Presta tensão!
Qual é a tensão mais segura?
A 110 volts. Na hora que um dedo vai parar acidentalmente na tomada, o choque de 220 volts é duas vezes mais forte que um de 110 volts. Isso porque, no caso do corpo humano, quanto maior a tensão na tomada, maior a corrente elétrica que causa o choque. É o contrário do que rola com os aparelhos elétricos.

Qual é a melhor tensão para evitar apagões?
A 220 volts. Geralmente, um "apagão" ocorre quando as casas solicitam um excesso de corrente elétrica à rede de distribuição. Ligar aparelhos em 220 volts é uma forma de evitar essa sobrecarga porque, quanto maior a tensão, menor é a corrente que os aparelhos elétricos usam para funcionar.

Qual é a tensão com manutenção mais barata?
É a 220 volts - pelo menos para os concessionários. Esse sistema usa menos transformadores e cabos mais baratos no caminho da distribuidora até o consumidor final.

Qual é a tensão que consome menos recursos ambientais?
Não faz diferença. Para nossos recursos naturais (por exemplo, a água das hidrelétricas), também não importam nem a tensão nem a corrente. O que conta mesmo é a potência total dos aparelhos ligados à rede elétrica.

Qual é a tensão mais econômica para o consumidor?
Não faz diferença, porque o consumo é medido em quilowatt-hora - ou seja, pela potência e pelo tempo de funcionamento dos aparelhos ligados. Para reduzir a conta de luz, é preciso usar menos os aparelhos ou optar por modelos menos potentes.

QUAL A CAPACIDADE DO HD MAIS POTENTE DO MUNDO?

    1 terabyte, o que equivale a mil gigabytes ou 1 trilhão de bytes. O disco rígido que quebrou a barreira dos gigabytes, dando um pequeno passo para um disquinho de 9 centímetros, mas um passo de gigante para a história da informática, foi o Deskstar 7k1000, fabricado pela japonesa Hitachi. "Dá para armazenar 500 filmes de duas horas com resolução standard ou 125 filmes em alta-definição, ou 300 mil fotos, ou 1 milhão de livros eletrônicos, ou 250 mil músicas", disse o diretor de produto e estratégia de mercado da Hitachi, Doug Pickford, em uma entrevista para o site PodTech.net.
    Mas o patamar de terabyte não deve durar por muito tempo: antes mesmo de lançar no mercado o Deskstar 7k1000, a Hitachi já avisou que em 2009 deve botar na rua um HD com 2 terabytes, e sua concorrente Seagate, que também planeja chegar à casa dos terabytes em 2007, comprou a briga, anunciando que em 2009 terá o rei dos HDs, com 2,5 tera. Para os padrões atuais isso pode parecer uma simples disputa por um recorde, mas, se lembrarmos que há dez anos a IBM fez estardalhaço ao desenvolver um HD com capacidade de 16,8 gigabytes (o equivalente a dois filmes em alta-definição) e que na internet há mais de 5 exabytes ou 5 milhões de terabytes de informações (essa era a estimativa do presidente do Google no começo do ano passado), 2 ou 2,5 terabytes deixam de soar como um valor astronômico e logo parecerão pouco.

COMO FORAM TIRADAS AS FOTOS DO GOOGLE EARTH?

1. O Google Earth surgiu do costume do Google de comprar boas idéias e turbiná-las. Em 2004, eles compraram a empresa Keyhole, criadora do Earth Viewer, uma espécie de Google Earth mais arcaico. A Keyhole, por sua vez, já fazia negócios com a empresa Digital Globe - dona do satélite Quickbird - que continuou sendo a maior vendedora de imagens para o Google Earth

2. Lançado em outubro de 2001, o satélite Quickbird orbita ao redor da Terra a uma altura de 450 quilômetros. Sua capacidade de armazenamento é de 128 gigabytes. Viajando a uma velocidade média de 25 560 km/h, ele demora de um a três dias e meio para voltar ao mesmo ponto

3. O Quickbird fotografa a superfície terrestre com diferentes níveis de zoom e resolução. Já notou a diferença das imagens de Las Vegas e São Paulo? Para locais muito procurados (como Las Vegas), o Google encomenda fotos melhores - e, portanto, mais caras. No zoom máximo, o Quickbird consegue clicar uma área de 1 km2 como se estivesse a 60 metros de altura

4. Depois de tiradas, as fotos são enviadas para antenas que retransmitem o material para os laboratórios da Keyhole. Lá, os programadores juntam as fotos numa espécie de quebra-cabeça e depois mandam o arquivo para o Google, cuja sede fica na Califórnia

5. Uma vez nos servidores do Google, usuários do mundo inteiro que baixaram o Google Earth podem conferir o resultado. Mas lembre-se de que essas imagens são de propriedade do Google. Portanto, se quiser usar imagens de satélite, prefira o World Wind, software da Nasa, livre de direitos autorais

6. Nem tudo são flores. Temendo ações terroristas e defendendo segredos militares, governos do mundo inteiro entram na Justiça tentando censurar imagens estratégicas. E alguns conseguem: a imagem da casa do vice-presidente americano Dick Cheney, por exemplo, está totalmente desfocada

7. O futuro do Google Earth é tornar as imagens tridimensionais. Enquanto isso não é feito com fotos, dá para o usuário criar digitalmente o volume de prédios, montanhas ou até da própria casa. Para isso, o próprio Google criou uma ferramenta para desenhar modelos 3D, o Google SketchUp (http://sketchup.google.com)

8. Em muitas partes do planeta a atualização das imagens demora uma eternidade. Tente, por exemplo, encontrar o buraco nas obras do metrô de São Paulo. Não encontrará, porque, quando a foto do local foi tirada, as obras nem tinham começado. Portanto, nem adianta dar tchauzinho para o céu e esperar se ver na tela do computador

COMO FUNCIONA UM CHIP DE COMPUTADOR?

    Todos os tipos de chips - dos mais simples, como o de um relógio digital, aos mais complexos, como o de um poderoso Pentium 4 - não passam de um aglomerado de componentes eletrônicos, os transistores. Eles são a estrutura básica para que o computador realize todas as suas atividades. O segredo é o material de que os transistores são feitos: o silício, um mineral que muda de comportamento conforme a presença ou ausência de corrente elétrica. A partir dos sinais enviados pelo usuário (vale lembrar que, dentro do computador, uma ordem como um toque no teclado é transformada em uma série de impulsos elétricos), os transistores em conjunto são capazes de armazenar dados e realizar operações aritméticas que possibilitam todas as funções do computador, de um simples digitar de letras às mais multimídia. Apesar de o transistor ter sido inventado em 1947, somente em 1971 a Intel conseguiu a enorme façanha de colocar 2 300 deles dentro de uma pastilha de 3 por 4 milímetros, criando o primeiro chip. Hoje, um processador Pentium 4 possui 42 milhões de transistores.

Caixa-mundo

Dentro de um chip do tamanho de uma unha ficam 42 milhões de componentes eletrônicos
1. A placa mãe é a unidade central de todo computador, responsável pela conexão de todas as peças que formam a máquina. De todos os seus componentes, os mais importantes são os diferentes tipos de chip que ela contém

2. Visto de fora, o chip é um quadradinho preto minúsculo, mas essa é apenas a sua embalagem - a parte funcional não chega a ter o tamanho de uma unha. Dentro desse ambiente ficam os componentes responsáveis pela "mágica" digital, os transistores

3. O transistor é uma pecinha com três filamentos metálicos - o emissor, a base e o coletor - e camadas de silício, um material que pode permitir ou não a passagem de corrente elétrica. Lembre-se que a corrente é feita de elétrons, as partículas negativas dos átomos

4. As camadas de silício são de dois tipos: as do tipo N, "dopadas" com átomos como fósforo, têm elétrons extras. As do tipo P, "dopadas" com átomos como o boro, têm poucos elétrons. Geralmente, rola um "sanduíche" dessas camadas (no desenho, o transistor é um N-P-N)

5. Quando o usuário dá uma ordem ao computador, podem ocorrer duas coisas nos transistores. A primeira é a ordem não mudar nada: os elétrons do silício tipo P ficam dispersos e não passa corrente do emissor ao coletor. Nesse caso, é como se o transistor fosse um interruptor desligado

6. A segunda possibilidade é a ordem disparar uma carga positiva na base do transistor. Isso atrai os poucos elétrons que se encontram no silício tipo P, fazendo com que eles formem uma "ponte" de elétrons entre o emissor e o coletor. Resultado: rola uma corrente elétrica entre esses dois pólos. Nesse caso, é como se o transistor fosse um interruptor ligado

7. Cada ordem do usuário (por exemplo, apertar a letra "m" no teclado) aciona, no mínimo, oito transistores. De acordo com a ordem dada, chegam às bases dos transistores pulsos de energia diferentes, permitindo ou não a passagem de corrente

8. Quando ocorre a passagem de corrente, o transistor está ligado e é representado na linguagem do computador pelo número 1. Quando não ocorre passagem de corrente, o transistor está desligado e significa, na linguagem da máquina, o número 0. E daí?

9. Daí que cada 0 ou 1 interpretado pelo chip é chamado de bit. Um conjunto de oito bits forma um byte. Tudo que entra no chip é convertido em bytes, que fica sendo a unidade básica de informação com a qual um computador trabalha

10. Para possibilitar a troca de dados entre máquinas, os programadores criaram um código de bytes com 256 combinações, suficiente para representar todas as letras, números e símbolos usados pelo computador. É lá que está estabelecido que a letra "m" corresponde a 01101101

11. Ainda assim, o computador não teria utilidade se não houvesse algo capaz de transformar esse monte de zeros e uns numa forma compreensível para os usuários. Quem faz essa tarefa são os sistemas operacionais, como o Windows, o Linux ou o DOS, que usam o código de bytes para "traduzir" as seqüências em linhas de programação

12. Após traduzir o comando que você envia para o seu computador, o sistema operacional manda o chip enviar a informação processada para a placa de vídeo, que irá representá-la na tela da máquina. E, voilà, você consegue ver a letra "m" no monitor. Toda essa operação que você demorou para ler acontece em milésimos de segundo!

PARA ONDE VAI UM ARQUIVO DELETADO NO COMPUTADOR?

    Para lugar nenhum, a princípio. Porque, quando você dá um "delete" em um arquivo, você deixa de saber onde o dito-cujo está, mas ele continua salvo no disco rígido. Para entender melhor, imagine que a memória do computador é uma cidade e cada arquivo ocupa uma casa. Quando você acessa um arquivo, é como se o carteiro encontrasse uma casa e tocasse a campainha para entregar algo para o morador. Se o arquivo tiver sido deletado, é como se o sujeito habitasse a casa e ninguém soubesse seu endereço - ele está lá, mas não pode ser encontrado. Portanto, o arquivo só vai desaparecer mesmo quando outro arquivo for salvo na "casa" ocupada secretamente pelo arquivo apagado. Então, se você tiver apagado algo importante do seu computador, pare de usá-lo imediatamente e não salve mais nenhum arquivo novo. Porque, enquanto não for substituído, o arquivo pode ser recuperado. Existem programas especiais que conseguem recuperar arquivos apagados rastreando seu disco rígido justamente em busca desses dados "sem endereço".